Divagações by Tânia Lamara

quinta-feira, 4 de novembro de 2010



Saudades 

Sozinha em meio à multidão, caminho sobre as sobras de um passado longínquo que o tempo não consegue apagar! 
Desço e subo ruas tranquilas e seguras, mas no peito bate um coração desesperado e farto de angústia e solidão. Transpasso a calçada colorida de folhas do outono bailando ao vento, tristes e sozinhas. Toda a minha alma é saudade e toda essa saudade é um passo à mais para o abismo do ceticismo e do medo. Medo que já não me deixa dormir. Ceticismo que não me deixa viver.

Olho as vitrines escuras e o reflexo do meu rosto no vidro me faz pensar em como o tempo passou e porque não levou com ele esse pesar. Volto para casa com a certeza de que, mais uma noite, irei rolar de um lado para o outro na cama e abraçar seu travesseiro sofregamente tendo a sensação de seus braços em volta de meu corpo. Sinto às lágrimas brotando dos olhos...e com elas, faço contas com as quais eu rezo às escuras......



3 comentários:

  1. Lindo poema! Parabéns, você escreve com a alma!

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  2. "Toda a minha alma é saudade e toda essa saudade é um passo à mais para o abismo do ceticismo e do medo. Medo que já não me deixa dormir. Ceticismo que não me deixa viver" este é o trecho que mais parece comigo! parabéns! continue se aprimorando, estarei sempre acompanhando seu blog e comentando suas postagens, já está entre os meus blogs favoritos! deixo aaixo o link do log do eduardo marinho que tamém gosto muito!

    http://observareabsorver.blogspot.com/

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  3. Gostei do poema. Parabéns! Beijo!

    www.newsnessa.com

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